Resenha: Nêmesis

28 fevereiro


Eu já sou fã assumida da Agatha Christie e estou gostando cada vez mais dos livros dela. A Miss Marple no livro Nêmesis está simplesmente incrível. Eu adorei o livro, me surpreendeu do início ao fim.  
 Miss Marple já é uma senhora de idade avançada e com a saúde um pouco frágil, apaixonada por jardins e um tanto digamos curiosa. Como de costume todas os dias ela folheia o jornal e sempre ler as notas de nascimento, casamento e falecimento. É pelo jornal que ela fica sabendo da morte de Jason Rafiel, o nome a intriga e ela tem a impressão de que o conhece. Aos poucos vem a sua memória o momento exato que o conheceu, a um pouco mais de um ano antes em uma viagem para as Antilhas onde junto com a sua colaboração impediram um crime (essa história é contada no livro Mistério no Caribe).
Uma semana se passou desde que Miss Marple leu a notícia do falecimento do Sr Rafiel, ela recebe uma carta do escritório de advocacia que prestava serviço para ele pedindo que comparecesse para a uma reunião, ela fica intrigada e movida pela curiosidade aceita ir na reunião. Quando se apresenta no escritório de advocacia Miss Marple descobre que o Sr. Rafiel deixou uma herança pra ela, porém ela só receberá após solucionar um mistério e fica a critério dela aceitar ou não a herança.
A nossa detetive não sabe muita coisa sobre o Sr. Rafiel somente que era um homem muito rico e estava acometido por uma doença que o deixou inválido. Eles não tiveram uma relação de amizade, somente trabalharam em parceria para evitar um crime nas Antilhas.Miss Marple não compreendeu o porquê dele tê-la escolhida. A carta que ele deixou com instruções também não era esclarecedora, somente citava quando se conheceram e que acreditava que Miss Marple tinha uma espécie de faro para o crime e assim garantir que a justiça acontecesse.
“Nosso nome de código, minha cara senhora, é Nêmesis.”
Quando conheceu o Sr. Rafiel a nossa detetive se apresentou como Nêmesis e isso também é citado na carta. Nêmesis é uma deusa da mitologia grega que representa a vigança divina. Ela é muitas vezes ilustrada com asas, carregando uma espada e uma ampulheta. A espada representa a justiça e a ampulheta indica que justiça ocorrerá, pode demorar mas não irá falhar. Por fim, ele encerra a carta com uma citação bíblica:
“Que a Justiça corra como as águas e o bem como um caudaloso rio.”
Tudo o que Miss Marple sabe é que a justiça precisa ser feita e movida pela curiosidade ela aceita o caso, mesmo sem saber qual é o mistério e nem ao menos por onde começar. Até mesmo os advogados não questionam se não seria uma brincadeira de mal gosto do falecido. Após algumas semanas ela recebe uma segunda carta do Sr. Rafiel avisando-a que uma agência de turismo irá entrar em contato, ele havia deixado pago uma excursão pelas Casas e Jardins Célebres da Grã-Bretanha. Miss Marple embarca então nessa viagem onde aos poucos se aproximará do mistério que precisa solucionar.
Eu achei esse livro muito bom, Miss Marple não precisa só solucionar um crime, ela precisa descobrir qual crime solucionar. E essa mistura de suspense sobre o suspense é que guia a história e deixa-a bem interessante. Até achei Miss Marple divertida nesse livro, me peguei rindo em algumas partes e questionando em outras como uma senhora frágil e com reumatismos é capaz de tantas coisas. Li algumas resenhas antes de iniciar a leitura que falavam que o livro era previsível, em algumas partes sim, mas achei o final sensacional e isso não abalou meu julgamento do livro. O início do livro é um pouco lento, mas no momento que pega embalo é impossível parar de lê-lo. Eu recomendo a leitura para quem gosta de suspense e da rainha do crime.
Essa leitura não é bem uma continuação de “Mistério no Caribe” é perfeitamente possível compreender o livro sem realizar a leitura prévia dele. Eu ainda não li esse livro e foi possível compreender bem o livro, posteriormente pretendo lê-lo para conhecer melhor a história de como o Sr. Rafiel e a nossa querida Miss Marple se conheceram.

Você pode gostar

0 comentários

Facebook